Empresa está trabalhando em seu mais novo projeto: o sistema Fuchsia.
A Google, que antes apenas oferecia seus serviços para outros sistemas operacionais através da internet, se mostrou interessada em desenvolver seu próprio sistema em 2005, quando comprou a Android Inc.(a empresa por trás da criação do sistema Android) e utilizou seu sistema como plataforma de integração com os famosos serviços oferecidos pela empresa. O Android, lançado em 2008, vem se tornando o principal sistema para dispositivos móveis disponível no mercado.
Para computadores, a solução da Google foi interna e em 2009, seus programadores já trabalhavam no que se tornaria o ChromeOS, sistema da Gigante das Buscas para computadores e laptops baseado em linux e com foco em serviços na web lançado em 2010.
Agora, descoberto através da plataforma de hospedagem de projetos Github, a empresa parece estar desenvolvendo um sistema inteiramento novo, abandonando o kernel do Linux. O projeto, chamado de Fuchsia, usa como kernel uma versão modificada do littleKernel, que normalmente é usado em aparelhos com hardware simples para rodar tarefas básicas, o sistema é feito em DART(linguagem própria da empresa), conta com interface construída com o Flutter(capaz de criar aplicativos de Android e iOS com o mesmo código) e um motor de renderização chamado de Escher. A versão do littleKernel usada pela Google(chamada de Magenta) foi atualizada para ter funções de sistemas operacionais mais maduros e consagrados, como a utilização de diversas contas de usuário e um sistema de permissões como o que acompanha as versões mais modernas do Android.
Vale notar que o Escher suporta os reflexos, sombreados e outros efeitos efeitos visuais comummente usados no Material Design, o que pode ser uma pista que o sistema manteria os traços já vistos no Android e no ChromeOS.
O que isso significa na prática? Seria esse o fim dos outros dois sistemas da empresa?
A resposta curta é “Não”, pois embora a Google tenha se pronunciado positivamente quanto o interesse da fusão do Android com o ChromeOS, isso provavelmente se dará através das novas atualizações do ChromeOS que o tornaram capaz de rodar os aplicativos feitos para Android de forma nativa, aumentando significativamente a biblioteca de softwares para o sistema.
O Fuchsia provavelmente será usado da mesma maneira que o sistema Tizen é usado pela Samsung, para integrar diferentes dispositivos com hardwares que vão desde processadores de arquitetura ARM, considerada mais simples, até dispositivos que contam com processadores X86 como notebooks e computadores de mesa. Na prática, o sistema seria usado em eletrodomésticos e outros aparelhos de menor grau de processamento para o que chamamos de Internet das Coisas(do inglês, Internet of Things), que visa integrar aparelhos diversos à internet para serem integrados com ecossistemas que já envolvem celulares e computadores.
Dada a proximidade do lançamento do Google Home, assistente pessoal com hardware próprio anunciado pela empresa durante a Google I/O, o novo sistema Fuchsia poderia ser a aposta da Gigante de Mountain View para seu novo produto. É possível também que os produtos da divisão NEST, voltada para câmeras de segurança e termostatos também contem com o sistema.
Com isso, é possível que vejamos no mercado diversos produtos como geladeiras, roteadores e máquinas de lavar rodando o sistema Fuchsia. Será que seria esse o próximo grande passo para a Internet das Coisas?