Empresa faz ranking que classifica redes 3G/4G pelo mundo quanto à sua qualidade e velocidade.
Com a popularização dos planos de dados móveis, era normal deduzirmos que a qualidade da conexão também está em constante evolução mas uma pesquisa feita à partir de 12,4 bilhões de medições feitas entre maio e julho de 2016 por 822 mil usuários pela consultoria Open Signal mostrou um resultado não muito animador para os usuários de redes 3G/4G no Brasil.
Os dados obtidos pela Open Signal mostram que a velocidade média das conexões móveis oferecidas pelas operadoras brasileiras é de apenas 7,43 megabits por segundo(Mbps), o que bota nosso país na posição de 57.º lugar atrás de países como a Grécia, com 13,34 Mbps, o Kuwait, com 8,51 Mbps, e a Guatemala, com 7,66 Mbps.
Os resultados ficam ainda piores quando comparamos o Brasil e outros países com colocações próximas à 57.º com as velocidades dos países que encabeçam o ranking. De acordo com a pesquisa, os países com a melhor velocidade média em internet móvel são a Coreia do Sul, com 41,34 Mbps, a Singapura, com 31,19 Mbps e a Hungria, com velocidade registrada de 26,15 Mbps. Os Estados Unidos, por exemplo, ocupam o 38.º lugar, com uma velocidade média de 12,34 Mbps.
“Um país que mostra boas velocidades de conexão 4G, mas pouca disponibilidade, tem uma velocidade menor que outro com velocidades moderadas, mas alta disponibilidade”, indica a consultoria.
Um dos fatores que prejudica a posição do Brasil no ranking é justamente a precariedade na disponibilidade de redes 4G pois nosso país fica em 69.º se apenas for considerada a capacidade de uma pessoa se conectar à uma rede 3G/4G. Em pelo menos uma entre quatro tentativas de conexão, o brasileiro só consegue acesso à redes 2G, que possuem velocidade máxima de 300kbps.
Nesse quesito, a Coreia do Sul mantém seu posto como melhor internet móvel do mundo: as chances de uma pessoa não conseguir se conectar à pelo menos uma rede 3G é de 1,46%, o que é bem diferente dos 25% enfrentados pelos brasileiros.
Outro problema enfrentado pelos brasileiros é a instabilidade do sinal 4G, que segundo o analista Kevin Fitchard, faz com que se manter em uma rede 4G seja possível apenas em metade das vezes, sendo o pior caso acabar caindo para 3G ou 2G, prejudicando a qualidade e a velocidade da conexão.
O problema, para Fitchard, pode ter solução com a adoção da faixa de frequência de 700 MHz, atualmente utilizada pela televisão aberta, para o 4G. Vale notar que hoje apenas os 2,6 GHz e os 1,8 Ghz estão disponíveis para a transmissão do sinal 4G.
Será que em breve teremos uma conexão móvel de qualidade?
Para saber se sua conexão 3G/4G está acima da média brasileira, o TECNOetc recomenda o uso do medidor FAST apresentado aqui.