Desde a implementação do sistema de publicações pagas, o Facebook tem sofrido duras críticas por estar “forçando a barra” para que páginas e usuários paguem para ter seus posts devidamente visualizados.
A questão não é o pagar para ganhar visibilidade mas sim o fato de que posts “não pagos” estariam ficando escondidos, mesmo para o público que curte as páginas e tem interesse em visualizar o conteúdo.
E a princípio isso é verdade. Segundo Ronaldo Lemos, diretor do Centro de Tecnologia e Sociedade da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e do Creative Commons no Brasil, o Facebook estaria diminuindo o alcance dos posts com o intuito de cobrar para que eles sejam mostrados para quem já deveria ter acesso a eles. O objetivo é ganhar mais dinheiro, é claro.
Como exemplo, Ronaldo Lemos usa um caso relatado pelo colunista do The New York Times Nick Bilton. De acordo com Bilton, ele alcançava até 550 curtidas quando tinha 25 mil assinantes, porém, quando chegou aos 400 mil, esse número caiu para cerca de 30 curtidas por post, uma queda absurda. Após começar a pagar para divulgar os posts, Bilton relata que a quantidade de curtidas recebidas teria subido para uma média de 130, mas nunca mais chegou perto dos números anteriores.
Isso mostra que o Facebook não é mais uma simples rede social. Agora ela também é uma porta de entrada de visitantes e também é um local forte para divulgação de sites e produtos. O problema todo não é a cobrança e sim as cruéis reduções de visibilidade que os posts sofreram.
O pior é que não podemos fazer nada. Resta apenas não pagar ou pagar para aparecer um pouco mais.